Como a especialidade contribui para melhorar a comunicação, a socialização e a qualidade de vida de quem tem o diagnóstico de Transtorno do Espectro Autista (TEA).
O mês de abril é marcado pela campanha de conscientização sobre o autismo. A campanha tem por objetivo difundir informações para a população sobre o autismo e, assim, reduzir a discriminação e o preconceito que cercam as pessoas afetadas pelo transtorno. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), estima-se que uma em cada 160 crianças em todo o mundo tenha Transtorno do Espectro Autista (TEA).
O Transtorno do Espectro Autista (TEA) aparece na infância e tende a persistir na adolescência e na idade adulta. Na maioria dos casos, eles se manifestam nos primeiros 5 anos de vida.
A OMS destaca que o diagnóstico precoce e o tratamento adequado são fundamentais para o bem-estar e o desenvolvimento dos indivíduos com autismo. E a fonoaudiologia pode desempenhar um papel importante nesse processo, ajudando a melhorar a comunicação, a socialização e a qualidade de vida dessas pessoas.
Não é raro encontrar comorbidades como epilepsia, depressão, ansiedade e Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) em pessoas que apresentem o TEA. O comprometimento cognitivo muda muito de um caso para outro, mas geralmente afeta a fala, o desenvolvimento da linguagem e a comunicação de várias maneiras.
Uma pessoa com TEA pode não falar, emitir somente grunhidos, gritos, ou sons guturais, falar com entonação musical, balbuciar sons, usar palavras incomuns ou apresentar uma fala robótica.
O papel da fonoaudiologia no tratamento do autismo
A ecolalia, que é a repetição de frases e palavras que ouviu, é bastante comum em pessoas com TEA. Estima-se que uma em cada três pessoas com autismo apresenta alguma dificuldade em se comunicar, seja na fala, seja na compreensão de palavras fora do contexto ou ainda na dependência da ecolalia como a principal forma de comunicação ou na incompreensão de palavras ou símbolos.
Por causa desses desafios, o fonoaudiólogo irá desempenhar um papel fundamental no tratamento de indivíduos com autismo. Uma criança com Transtorno do Espectro Autista, precisa aprender a se comunicar de forma completa, utilizando a linguagem falada e não verbal para conversar e compreender o outro.
A fonoaudiologia é uma das áreas da saúde que pode ajudar no desenvolvimento da comunicação, do comportamento e das habilidades sociais. Algumas técnicas que podem ser aplicadas em fonoterapia são:
- massagem ou exercícios para os lábios ou músculos faciais que melhoram a articulação da fala;
- músicas e canções para trabalhar o ritmo, a ênfase e o fluxo das frases, entre outras.
- quadros de imagens com palavras — uso de imagens para ajudar a criança a aprender a se comunicar.
Além disso, a fonoaudiologia contribui para a integração sensorial, que é um dos desafios comuns em indivíduos com autismo. Essa integração é fundamental para o desenvolvimento de habilidades motoras e de percepção sensorial, que são importantes para a realização de atividades cotidianas.
É importante ressaltar que o tratamento de indivíduos com autismo deve ser multidisciplinar e envolver diferentes profissionais da área da saúde, como psicólogos, terapeutas ocupacionais, entre outros. A fonoaudiologia é uma dessas áreas e pode contribuir significativamente para o sucesso do tratamento e para a melhoria da qualidade de vida dessas pessoas.
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