Fabiana Martins – Fonoaudiologa

Atraso na fala

Você sabe identificar se existe algum atraso na fala do seu filho?

Neste mês de junho, eu comecei a falar a respeito de alguns distúrbios de aprendizado e linguagem  no blog. Se quiser saber mais sobre esse assunto, você pode ler o artigo anterior sobre dislexia e discalculia. Esses distúrbios podem ser identificados com mais facilidade depois que a criança entra em idade escolar. Hoje, eu quero conversar com você sobre outros distúrbios de linguagem, que podem ser diagnosticados antes mesmo da criança frequentar a escola, que é o caso do atraso na fala.

Por conta da pandemia do novo coronavírus, o atraso na fala em crianças se tornou mais frequente. Motivado pelo isolamento social e a restrição do convívio com outras crianças, o atraso no desenvolvimento da linguagem, ainda na primeira infância, tem chamado atenção de fonoaudiólogos e pediatras em todo o mundo.

A linguagem em crianças é desenvolvida de modo não linear, mas progressiva. Ela é expandida ao longo dos anos, sendo medida pela capacidade de compreender o que foi dito (linguagem receptiva) e pela capacidade de se expressar (linguagem expressiva). Ou seja, a criança pode entender o que um adulto fala, mas não conseguir falar. O contrário não é muito comum.

De modo geral, um bebê com 6 meses já presta atenção nas pessoas, acompanha os movimentos com olhos e interage com sorrisos e o olhar. Com 9 meses, alguns sons são imitados, a criança balbucia e vocaliza algumas sílabas simples. Por volta de 1 ano, começa a combinar palavras simples. Nos meses seguintes, o vocabulário é ampliado e, aos 2 anos, a criança é capaz de formar frases com duas ou três palavras.

Causas para o atraso na fala

O atraso ou desenvolvimento lento da fala e da linguagem oral podem ocorrer por diversos motivos:

  • problemas auditivos (as infecções recorrentes de ouvido devem ser tratadas com máxima seriedade);
  • distúrbios específicos de linguagem;
  • autismo;
  • apraxia de fala;
  • falta de estímulos verbal;
  • excesso de exposição às telas (TV, celular, tablet e computador)  antes dos 24 meses;
  • prematuridade;
  • alteração genética (síndrome);
  • sequela de alguma intercorrência neurológica (trauma craniano, acidente vascular).

Ao identificar indícios de atraso na fala, não hesite em levar a criança para uma consulta fonoaudiológica. Com uma investigação clínica completa e especializada, será possível determinar se realmente existe alguma espécie de atraso na fala, qual tipo e os prováveis tratamentos para o caso em questão.

Tratamento fonoaudiólogo para o atraso na fala

Se você identificou algum sintoma ou conhece alguém que tenha filhos com alguma espécie de atraso na fala, envie este artigo para que comece o acompanhamento especializado. Com o diagnóstico correto, é possível indicar o tratamento mais adequado e assegurar resultados efetivos ainda cedo.

Além do trabalho feito pelo profissional de fonoaudiologia nos consultórios, os pais devem estimular as crianças a se comunicarem cada vez mais. É importante que as crianças tenham atividades ao ar livre, como um passeio no parquinho ou praça, brinquem com joguinhos educativos com outras crianças, contem historinhas, entre outros. Sempre que possível, é indicado que os pais participem, de forma integral, das atividades, preferencialmente com o celular desligado.

Se você ficou com alguma dúvida sobre o assunto ou deseja agendar sua consulta, eu atendo on-line ou presencialmente, na Rua Miguel de Frias, 150, sala 304 – Vital Place, Icaraí – Niterói.

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